Digitalização, inteligência artificial, robótica, internet das coisas e outros avanços tecnológicos que caracterizam a Indústria 4.0 trazem uma nova realidade para as organizações. Mas as transformações não se limitam ao modo de produção. Na era digital, o gestor que deseja uma carreira de sucesso deve buscar novas habilidades para construir equipes colaborativas e inovadoras, solucionar problemas com agilidade e modernizar os processos da organização onde atua, para que ela possa tirar proveito da tecnologia e competir nesse ambiente em constante mutação.
De acordo com a pesquisa “A Revolução das Competências 2.0”, divulgada em março pelo ManpowerGroup, 80% das capacidades de liderança permanecem as mesmas há algum tempo: adaptabilidade, motivação, persistência e inteligência. Mas, o que fez um gestor chegar até aqui não o levará adiante. “Os líderes de hoje devem ser capazes de ousar para liderar e estar preparados para assumir fracassos. Eles precisam alimentar a capacidade de aprendizagem, acelerar o desempenho e promover o empreendedorismo. E, claro, estimular o potencial nos outros”, afirma o estudo.
Nesse caminho, portanto, é essencial que o próprio líder busque o desenvolvimento contínuo de competências. Para inteirar-se sobre os desafios e oportunidades da Indústria 4.0 e as tecnologias vinculadas à manufatura avançada, o diretor industrial da Rodhia, empresa do Grupo Solvay, Hugo Kitagawa, optou por um Master in Business Innovation (MBI) em Indústria Avançada, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial de Santa Catarina (SENAI/SC).
“Com o avanço da tecnologia, o comportamento das novas gerações e as mudanças no tipo de consumo, a atualização de habilidades e competências é fundamental. O profissional que não acompanha essa evolução tem chances muito altas de ficar para trás e de comprometer a competitividade de sua organização. Os dirigentes devem estar sempre caminhando para poder perpetuar o negócio, torná-lo mais rentável e mais preparado para o futuro”, afirma Kanagawa.
O superintendente industrial da fabricante de lingerie DeMillus, Kley Pontes Bezerra, concorda. Em sua visão, os líderes que desejam atender as necessidades da empresa e, principalmente dos clientes, devem buscar ferramentas e metodologias para acompanhar os movimentos da indústria. “Um gestor que não se atualiza não consegue traduzir a demanda de um mercado dinâmico, acompanhar o planejamento estratégico da sua empresa e tirar proveito dos recursos possíveis com a evolução digital”, destaca.
Bezerra é um dos executivos da indústria têxtil que, hoje, integra o MBI em Indústria Avançada: Confecção 4.0, promovido pelo SENAI CETIQT, no Rio de Janeiro. A especialização foi organizada para fortalecer o setor e torná-lo protagonista na implantação do modelo 4.0 no Brasil, além de promover o networking entre empresas.
Manufatura
Em relação à Indústria 4.0, o diretor da Rodhia afirma que o setor produtivo está em uma fase em que o debate se sobrepõe às ações. “Pela falta de conhecimento, as tendências assustam. Mas é preciso saber quais as tecnologias estão surgindo e qual o impacto no contexto de cada negócio e, a partir daí, fazer provas de conceito e adequações de processos para estar preparado para as mudanças de produção e consumo. Não é fácil porque envolve toda a cadeia produtiva, mas é uma questão de sobrevivência em um mercado tão competitivo”, explica Kanagawa.
Na visão do executivo, a contribuição do SENAI com a execução do MBI Indústria Avançada é estratégica. A partir de aprendizagem assistida, imersões presenciais nacionais e uma imersão internacional, a pós-graduação fornece subsídios para que os gestores possam idealizar, planejar e implantar tecnologias e sistemas que possibilitam maior competitividade, a partir da melhoria de processos, desenvolvimento de produtos e de novos modelos de negócios.
Para que as empresas e os profissionais aproximem-se do que há de mais moderno em termos de tecnologias industriais, o SENAI está engajado em outras iniciativas. Em parceria com o Serviço Social da Indústria (SESI), a instituição realiza, de 5 a 8 de julho, em Brasília, a Olimpíada do Conhecimento, que mostra inovações que buscam melhorar a qualidade de vida nos centros urbanos e revolucionar a educação.
O evento terá dois ambientes: a Cidade Inteligente, que demonstrará tecnologias que promovem o uso eficiente de recursos, a redução dos impactos ambientais e a melhoria da qualidade de vida das pessoas; e a Escola do Futuro, que tem o objetivo de desenvolver nos alunos competências e habilidades para lidar com a Indústria 4.0. No evento, haverá atores fazendo performance em diversos espaços para demonstrar o impacto das novas tecnologias na rotina das pessoas.
SAIBA MAIS
10º edição da Olimpíada do Conhecimento
Quando: 5 a 8 de julho de 2018
Onde: Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília, próximo à ponte JK
Entrada gratuita.
Fonte: Agência de Notícias CNI
Foto: José Paulo Lacerda