O Porto de Santos exportou 32,4 milhões de sacas de café no período entre julho de 2018 e o mês passado, que compreende o último ano-safra. Com isso, o cais santista segue como o responsável pelo embarque de 78,9% dos grãos vendidos ao exterior pelo Brasil.
Apesar do crescimento de 28,5% nos volumes carregados, houve queda na participação, já que o complexo marítimo foi responsável pelo embarque de 82,9% do produto entre 2017 e 2018.
Já o país registrou um recorde histórico, com o escoamento de 41,1 milhões de sacas de 60 kg do produto, um aumento de 30,5% sobre o ano-safra anterior. Os dados fazem parte do levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).
O órgão destaca que a receita cambial no ano-safra foi de US$ 5,3 bilhões (equivalente a R$ 20,8 bilhões), representando um aumento de 9,8% sobre o mesmo período anterior. O preço médio foi de US$ 131,14, queda de 18,7%.
O levantamento ainda aponta que o complexo marítimo santista exportou 15,7 milhões de sacas de café no primeiro semestre deste ano. O volume é 29,9% do que o escoado no mesmo período do ano passado.
Em contrapartida, a participação do Porto nas exportações da commodity caiu de 83% para 78,5% no primeiro semestre deste ano. Neste período, além do cais santista, outros 20 complexos portuários escoaram o café brasileiro.
Os portos do Rio de Janeiro foram responsáveis pelo escoamento de 2,4 milhões de sacas de café, 12,2% das vendas externas. Já o Porto de Vitória (ES) escoou 1 milhão de sacas, 5,3% do total.
Os complexos de Paranaguá (PR) e Salvador (BA) aparecem na sequência. No primeiro, foram embarcadas 373.503 sacas, 1,9% das vendas. Já o segundo escoou 166.347 sacas, 0,8% do café exportado.
Segundo o Cecafé, no primeiro semestre deste ano, 56.457 contêineres de 20 pés (TEU) foram utilizados para transportar a commodity ao mercado internacional. Já no mesmo período do ano passado, foram utilizados 40.614 TEU.
Para o presidente do Cecafé, Nelson Carvalhaes, os resultados refletem a excelência do agronegócio do café do Brasil, a eficiência do comércio exportador e os investimentos em pesquisa e inovação.
“O Brasil atende às exigências do mercado externo, tanto no quesito qualidade quanto na sustentabilidade, e está pronto para responder à crescente demanda mundial, com a perspectiva de atingir 40% de marketshare nos próximos anos”, afirmou.
O executivo comemorou ainda o acordo comercial firmado entre Mercosul e União Europeia, que “será uma importante contribuição para a expansão do admirado cafezinho brasileiro no mundo”.
Fonte: A Tribuna / Santos
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