A produção industrial cresceu em julho e a ociosidade, por sua vez, diminui, segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo a sondagem, o indicador de utilização da capacidade instalada da indústria brasileira subiu em julho e atingiu 68%. Trata-se do maior percentual para meses de julho dos últimos quatro anos e o maior patamar desde novembro do ano passado, quando o índice também ficou em 68%. A ociosidade, entretanto, continua maior que a média histórica para o mês e bem acima do patamar pré-crise. No final de 2014, estava em 73%.
A queda na ociosidade em julho reflete o aumento da produção, cujo índice de evolução alcançou 52,2 pontos em julho. Foi o segundo mês consecutivo que o índice ficou acima dos 50 pontos, o que indica o aumento da produção, depois da forte queda registrada em maio em meio aos prejuízos provocados pela greve dos caminhoneiros. O indicador varia de zero a 100 pontos. Quando está acima de 50 pontos, mostra aumento da produção.
Para a CNI, os números mostram uma recuperação ainda moderada do setor. “Estamos no início do segundo semestre do ano, quando costuma ter um aumento na atividade. Mas o resultado de julho deste ano foi mais forte do que em 2017 e melhor do que os de 2014, 2015 e 2016, quando a produção caiu por causa da crise”, destacou o economista da CNI Marcelo Azevedo.
Segundo a CNI, o uso da capacidade instalada foi maior nas grandes empresas, onde alcançou 73%. Nas médias, ficou em 66% e, nas pequenas, em 60%. O índice de utilização da capacidade instalada efetiva em relação à usual registrou 44,1 pontos em julho, o maior desde fevereiro de 2014. A sondagem mostra ainda que melhorou o otimismo dos empresários em julho. A intenção de investir aumentou após cinco meses consecutivos de queda.
Por outro lado, as perspectivas para o emprego no setor continuam em baixa. O indicador do número de empregados ficou em 48,5 pontos, o que mostra que continua abaixo da linha divisória dos 50 pontos que separa a queda do aumento do emprego. Já o índice de nível de estoque em relação ao planejado subiu para 50,8 pontos em julho, mostrando que os estoques estão levemente maiores do que o planejado.
A pesquisa da CNI foi feita entre 1º e 13 de agosto com 2.257 empresas. Dessas, 932 são pequenas, 798 são médias e 527 são de grande porte.
Fonte: G1