Os economistas do mercado financeiro mantiveram inalteradas as previsões para a inflação e para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018. Para este ano, os analistas esperam inflação de 3,49% e crescimento do PIB de 2,75%. A previsão está no relatório de mercado, também conhecido como “Focus”, feito com base em pesquisa realizada na semana passada pelo BC com mais de 100 instituições financeiras.
A expectativa dos analistas para a inflação está abaixo da meta central de 4,5% que deve ser perseguida pelo Banco Central neste ano. Mesmo assim, o número está dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema, que considera que a meta terá sido cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, o mercado financeiro elevou sua expectativa de inflação 4,03%. Já a expectativa de crescimento do PIB em 2019 foi mantida em 3%.
Taxa básica de juros
Os analistas do mercado também mantiveram a previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano para o final de 2018. Para o fim de 2019, a estimativa do mercado financeiro para os juros básicos da economia continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem estimando alta dos juros no ano que vem.
Câmbio, balança e investimentos
Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 aumentou de R$ 3,33 por dólar para R$ 3,35. Para o fechamento de 2019, subiu para R$ 3,37 por dólar.
A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), em 2018, subiu de US$ 55 bilhões para US$ 56,1 bilhões de resultado positivo.
Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit apresentou um leve recuo de US$ 45,33 bilhões para US$ 45 bilhões. A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, caiu para US$ 75 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 80 bilhões.
Fonte: Federação das Câmaras do Comércio Exterior