O Complexo Industrial Portuário de Suape começa o ano com motivos de sobra para comemorar. Além de dar início às celebrações pelos seus 40 anos de história, o porto abre 2018 rememorando uma série de conquistas alcançadas no ano passado. Um ano marcado por recordes sucessivos de movimentação, atração de grandes investimentos para o Estado, projetos até então travados que começaram a sair do papel e a implantação de iniciativas na área de planejamento e gestão, que reafirmam a condição de Suape como principal atracadouro do Norte e Nordeste do Brasil.
Por falar em recordes, Suape alcançou em 2017 a maior movimentação anual de sua história, com um total de 23,8 milhões de toneladas de cargas (+ 4,7% em relação a 2016) que chegaram ou deixaram o porto pernambucano. Assim como em 2016, os graneis líquidos (óleos, combustíveis e outros derivados de petróleo) permanecem na dianteira como a carga mais operada em Suape, com um total de 17,6 milhões de toneladas (74% do total). O destaque, no entanto, foi o crescimento, sobretudo, de contêineres e veículos, que alcançaram também as maiores marcas já registradas em Suape. Em 2017, foram 464.490 TEUs (+18,9%) e 80.080 automóveis (+46%), respectivamente.
Tão importante quanto o aumento da operação de produtos são as perspectivas que se abrem para o futuro. Em 2017, diversos projetos que estavam praticamente parados pelos entraves trazidos pela Lei dos Portos começaram, definitivamente, a sair do papel, mesmo sem a autonomia. Na área do porto organizado, o principal deles é o segundo terminal de contêineres, o Tecon 2. O projeto, orçado em quase R$ 1 bilhão, mais que dobrará a capacidade anual de movimentação de contêineres do porto, passando dos atuais 700 mil para 1,7 milhão de TEUs. Seu estudo de viabilidade foi desenvolvido por Suape e já está nas mãos do governo federal.
Outro investimento de grande importância para o porto é a ampliação de seu parque de tancagem, com investimentos privados de R$ 540 milhões. Juntos, os projetos das empresas Decal, Pandenor, Tequimar e Temape expandirão a capacidade estática de armazenagem dos atuais 700 mil m³ para mais de 1 milhão de m³. Além deles, estão em andamento os projetos de arrendamento do pátio de veículos, de criação do pátio de triagem de caminhões, de cessão de uma área para envase e distribuição de GLP, entre outros. Essas novas estruturas refletirão em mais carga e mais oportunidades em Suape.
Grandes obras e atração de negócios também fazem parte do escopo de ações prioritárias do Complexo de Suape. Em 2017, o laboratório Aché iniciou a terraplenagem do terreno onde será instalada a maior planta industrial da marca para fabricação e distribuição de produtos farmacêuticos, fruto de um trabalho liderado pelo governador Paulo Câmara e coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O processo de instalação da Aché em Pernambuco é um dos maiores aportes privados em andamento em todo o Brasil, com investimento de R$ 500 milhões.
Mas nem só de grandes investimentos é feito o Complexo de Suape. Durante o ano, novas ferramentas de planejamento e gestão foram implementadas com o propósito de reduzir gastos e otimizar a produtividade, com os olhos voltados para o futuro. Tudo isso para fortalecer a posição de Suape como maior porto do Norte e Nordeste do país. As principais foram a revisão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) e a implantação do planejamento estratégico da empresa, com horizonte até o ano de 2023, com o apoio da Seplag.
O planejamento estratégico é baseado na lógica do gerenciamento de projeto. A ferramenta BI (business intelligence) possibilitou a criação de quatro fóruns temáticos: Controle Interno, Estratégia, Novos Negócios e Infraestrutura. Esses fóruns são realizados em ciclos mensais, em reuniões de acompanhamento das ações com a participação dos principais responsáveis pelas atividades (stakeholders), e da Diretoria da Presidência e da Vice-Presidência da empresa. Assim, todos os processos e seus desdobramentos são acompanhados de perto, otimizando os resultados, definindo tarefas e prazos a serem cumpridos.
Junto a isso, outras ações importantes começaram a ganhar corpo. A empresa está se adequando às exigências previstas pela Lei das Estatais. Com isso, implementou iniciativas como a criação de um código de ética, de um estatuto (em fase de validação) e de um plano de negócios. Esse último, já com as diretrizes para o ano de 2018, inclui análise de cenários, prioridades de investimentos, indicadores e metas. Ainda há outros produtos em fase de finalização, como: regulamento de compras, política de integridade, gestão de riscos e controles internos.
Todo esse trabalho, feito para dotar o porto das melhores condições para receber novos empreendimentos, só é possível graças ao trabalho realizado também nas áreas ambiental e social. Em seus 13,5 mil hectares de área, 59% são destinados à Zona de Preservação. Na área do porto, Suape continua realizando o monitoramento do bioma marinho e de espécies, além da fiscalização de obras importantes, como a dragagem do canal de acesso ao Vard Promar e o reparo do molhe de proteção do porto externo. Entre as ações preventivas, destaque para a atualização do Plano de Emergência Individual (PEI), desenvolvido para responder a qualquer tipo de acidente e aprovado pela Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH).
No âmbito social, além de trabalhar diariamente no contato com os moradores das 27 comunidades que estão inseridas no território de Suape, a administração encarou a difícil tarefa de conduzir as negociações para reassentar as famílias, que hoje vivem em áreas industriais e de preservação, em novas áreas urbanas e rurais. Em 2018, Suape dará um grande passo para solucionar parte desse passivo. Os primeiros 687 imóveis do Conjunto Habitacional Governador Eduardo Campos serão entregues ainda no primeiro semestre.
Fonte: Complexo Portuário Industrial de Suape
Foto: Rafael Medeiros/SUAPE