O faturamento da indústria brasileira aumentou 4,5% e as horas trabalhadas na produção cresceram 0,7% em novembro na comparação com outubro na série livre de influências sazonais. O nível de utilização da capacidade instalada ficou praticamente estável em 76,6%, informa a pesquisa Indicadores Industriais, divulgada nesta ontem (13) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
No entanto, isso não significa que há um movimento de recuperação da atividade industrial. “A comparação anual dos indicadores continua a mostrar quedas expressivas”, destaca a CNI. Em relação a novembro de 2015, o faturamento registra queda de 9,9% e as horas trabalhadas na produção têm retração de 5,1% e a utilização da capacidade instalada era de 77,5%.
Recuo
Além disso, todos os indicadores do mercado de trabalho recuaram em novembro frente a outubro de 2016 na série livre de influências sazonais. O emprego na indústria caiu 0,3%, a massa salarial real recuou 2,1% e o rendimento médio real do trabalhador diminuiu 1,5%. Na comparação com novembro de 2015, o emprego teve queda de 5,5%, a massa real de salários caiu 7,7% e o rendimento médio real do trabalhador encolheu 2,3%.
De acordo com o economista da CNI, Marcelo Azevedo, as previsões indicam que a recuperação da atividade industrial será lenta. Ele afirma que o corte de 0,75 ponto percentual na taxa de juros anunciada esta semana pelo Banco Central pode estimular a economia. “A redução dos juros é importante para incentivar o consumo, o que se refletirá no aumento da produção e do emprego”, afirma o economista.